Pular para o conteúdo principal

O Mistério dos Maias.

Entre as sociedades que floresceram no continente americano, todas deslumbrantes e sofisticadas, a mais esplendorosa nunca foi alcançada pelos olhos dos conquistadores.

Quando Cortez desembarcou na América Central, a riqueza da cultura maia repousava tranquila, envolta pelas matas da Península do Yucatán, no México. Sete séculos antes do desembarque espanhol, sem que ninguém até hoje saiba com exatidão por que, os maias abandonaram suas cidades, que só seriam redescobertas no século XIX.

Das grandes civilizações do Novo Mundo, apenas os maias desenvolveram um sistema de escrita fonética, capaz de compor palavras. Os astecas, com sua escrita pictórica, podiam no máximo descrever situações e personagens: o resto tinha de ser complementado pela narrativa do mensageiro. Os incas nunca dominaram a escrita.

Na arte da escultura, eram inigualáveis. Suas estátuas beiravam a perfeição. Às vezes, como na Grécia, prestando-se ao papel de colunas para prédios espetaculares. Outras reproduzindo divindades que lembram as obras de artistas indianos. Tudo para enfeitar cidades lotadas de construções públicas. Quase sempre pirâmides, como as que os espanhóis encontraram em Tenochtitlán, ladeadas nas quatro faces por escadarias, ou então inovadoras, como o observatório cupular de Chichén Itzá, ainda hoje fonte de duvidas: seria uma construção ritual ou uma antecipação da arquitetura dos observatórios feita por um povo de mestres da astronomia? Essa resposta dificilmente alguém um dia terá.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Fantástico Cão Sarampo.

  Uma das histórias mais incríveis à disposição do turista em Araxá é de um cão da raça dog alemão, batizado como "Sarampo" pelo dono - Adolpho José de Aguiar, membro de uma família tradicional da cidade. Sarampo maravilhou crianças e adultos pelo país nos anos 60 ao realizar as quatro operações matemáticas e atender a pedidos de seu dono pelo telefone, como buscar cigarros ou carne no açougue e passar na farmácia e se pesar. Às perguntas de Adolpho que cabiam respostas numéricas Sarampo respondia com latidos. Um fato interessante envolvendo a história de Sarampo ocorreu quando Araxá recebia uma comitiva comercial da Rússia, chefiada pelo próprio embaixador russo no Brasil. Após o jantar, exibiram aos russos as proezas de Sarampo, ele somou, dividiu, diminuiu e multiplicou, e quanto mais aplausos recebia, mais exibido ficava. Adolpho pediu a Sarampo que cumprimentasse cada convidado dando sua pata. Chegando em frente ao embaixador russo, Sarampo parou, sentou e o...

Ogros - Do Folclore Europeu ao Shrek da DreamWorks

Uma criatura mitológica, meio homem, meio monstro. Sempre caracterizado com proporções avantajadas em relação a um ser humano normal, é geralmente gordo, careca e sujo. Pode ter um ou dois olhos, chifres e grandes dentes. Reza a lenda que vivem em florestas isoladas e escuras. Retratados em antigos folclores europeus e contos de fadas como devoradores de humanos, a exemplo do ogro de "O Pequeno Polegar". Só neste século ganharam uma cara mais simpática, com o desenho animado "Shrek", da DreamWorks, em que o protagonista é um ogro verde engraçado, mal-educado e bonzinho que se apaixona por uma princesa. Novas versões do monstro também estão presentes em vários jogos de estratégia para computadores. Por fim, ainda hoje os ogros correspondem no sentido metafórico a pessoas desagradáveis, que exploram, agridem e perturbam os demais. O nome "ogro" vem do francês e acredita-se que o termo tenha sido inspirado pelos trabalhos do autor italiano Giambattista Ba...

Buquê de Noiva - Tradição e Beleza

Em homenagem a uma pessoa muito especial que vai se casar em Outubro e está escolhendo o buquê que vai usar, resolvi pesquisar e postar aqui no blog um pouco sobre a história e tradição deste acessório que é um ornamento usado desde a antiguidade e que tem significado tão importante para as noivas. Um dos símbolos mais tradicionais do casamento o buquê teria surgido na Grécia como uma espécie de amuleto contra o mau-olhado e, era confeccionado com uma mistura de alho, ervas e grãos. Esperava-se que o alho afastasse maus espíritos e as ervas ou grãos garantissem uma união frutífera. Na Idade Média era comum a noiva fazer o trajeto a pé para a igreja e no caminho recebia flores ou ervas e temperos para trazer felicidade e boa sorte. Ao fim do trajeto ela tinha formado um buquê e cada um destes presentes tinha um significado, assim os antigos romanos costumavam atirar flores no trajeto da noiva, pois acreditavam que as pétalas fariam a noiva ter sorte e dar carinho ao marido. Na...