Entre as sociedades que floresceram no continente americano, todas deslumbrantes e sofisticadas, a mais esplendorosa nunca foi alcançada pelos olhos dos conquistadores.
Quando Cortez desembarcou na América Central, a riqueza da cultura maia repousava tranquila, envolta pelas matas da Península do Yucatán, no México. Sete séculos antes do desembarque espanhol, sem que ninguém até hoje saiba com exatidão por que, os maias abandonaram suas cidades, que só seriam redescobertas no século XIX.
Das grandes civilizações do Novo Mundo, apenas os maias desenvolveram um sistema de escrita fonética, capaz de compor palavras. Os astecas, com sua escrita pictórica, podiam no máximo descrever situações e personagens: o resto tinha de ser complementado pela narrativa do mensageiro. Os incas nunca dominaram a escrita.
Na arte da escultura, eram inigualáveis. Suas estátuas beiravam a perfeição. Às vezes, como na Grécia, prestando-se ao papel de colunas para prédios espetaculares. Outras reproduzindo divindades que lembram as obras de artistas indianos. Tudo para enfeitar cidades lotadas de construções públicas. Quase sempre pirâmides, como as que os espanhóis encontraram em Tenochtitlán, ladeadas nas quatro faces por escadarias, ou então inovadoras, como o observatório cupular de Chichén Itzá, ainda hoje fonte de duvidas: seria uma construção ritual ou uma antecipação da arquitetura dos observatórios feita por um povo de mestres da astronomia? Essa resposta dificilmente alguém um dia terá.
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