Zuleika Angel Jones, conhecida como Zuzu Angel, foi uma estilista brasileira, que nasceu em Curvelo, em 5 de junho de 1923 e mudou-se quando criança para Belo Horizonte, tendo em seguida morado na Bahia. A cultura e cores desse estado influenciaram significativamente o estilo das suas criações.
Em 1947 foi morar no Rio de Janeiro e nos anos 50 iniciou seu trabalho como costureira. No princípio dos anos 70 abriu uma loja em Ipanema, quando começou a realizar desfiles de moda. Nestes desfiles sempre abordou a alegria e riqueza de cores da cultura brasileira, fez sucesso com seu estilo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos. Enquanto a carreira de Zuzu Angel como estilista deslancha mundo afora seu filho ingressa no movimento estudantil, contrário à ditadura militar então vigente no país.
Em 14 de junho de 1971 Stuart é secretamente preso, torturado e assassinado pelos agentes do Centro de informações da Aeronáutica, sendo dado como desaparecido político. Zuzu saiu em busca do filho nas prisões e nos quartéis. Pouco tempo depois, recebeu uma carta do preso político Alex Polari de Alverga dizendo que ele fora torturado e morto.
A partir daí, Zuzu entraria em uma guerra contra o regime, denunciando as torturas e morte de seu filho. Ela passou a usar sua moda como forma de protesto fazendo - "a primeira coleção de moda política da história", usando ao lado dos anjos, as figuras de crucifixos, tanques de guerra, pássaros engaiolados, sol atrás das grades, jipes e quepes. O uso dessas metáforas foi a solução que encontrou para simbolizar, em seu trabalho, a história de seu filho. Suas manifestações ecoaram no Brasil e no exterior. Envolvendo até os Estados Unidos, país de seu ex-marido e pai de Stuart.
Ela travou uma dura e longa batalha tentando localizar o corpo do filho e provar sua inocência. O corpo de Stuart nunca foi encontrado, sua luta só terminou com a morte, ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num acidente de carro na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (RJ), em circunstâncias então mal esclarecidas.
Zuzu Angel foi sepultada pela família, em 15 de abril de 1976, no Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro. Uma de suas duas filhas, a jornalista Hildegard Angel, foi a idealizadora do Instituto Zuzu Angel de Moda do Rio de Janeiro, uma entidade civil sem fins lucrativos, fundado em outubro de 1993.
O caso de Zuzu foi tratado pela Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, no processo de número 237/96, com o governo brasileiro assumindo, em 1998, a participação do Estado em sua morte.
Em homenagem à estilista, o cantor e compositor Chico Buarque compôs, sobre melodia de Miltinho (MPB4), a música Angélica.
Em 1947 foi morar no Rio de Janeiro e nos anos 50 iniciou seu trabalho como costureira. No princípio dos anos 70 abriu uma loja em Ipanema, quando começou a realizar desfiles de moda. Nestes desfiles sempre abordou a alegria e riqueza de cores da cultura brasileira, fez sucesso com seu estilo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos. Enquanto a carreira de Zuzu Angel como estilista deslancha mundo afora seu filho ingressa no movimento estudantil, contrário à ditadura militar então vigente no país.
Em 14 de junho de 1971 Stuart é secretamente preso, torturado e assassinado pelos agentes do Centro de informações da Aeronáutica, sendo dado como desaparecido político. Zuzu saiu em busca do filho nas prisões e nos quartéis. Pouco tempo depois, recebeu uma carta do preso político Alex Polari de Alverga dizendo que ele fora torturado e morto.
A partir daí, Zuzu entraria em uma guerra contra o regime, denunciando as torturas e morte de seu filho. Ela passou a usar sua moda como forma de protesto fazendo - "a primeira coleção de moda política da história", usando ao lado dos anjos, as figuras de crucifixos, tanques de guerra, pássaros engaiolados, sol atrás das grades, jipes e quepes. O uso dessas metáforas foi a solução que encontrou para simbolizar, em seu trabalho, a história de seu filho. Suas manifestações ecoaram no Brasil e no exterior. Envolvendo até os Estados Unidos, país de seu ex-marido e pai de Stuart.
Ela travou uma dura e longa batalha tentando localizar o corpo do filho e provar sua inocência. O corpo de Stuart nunca foi encontrado, sua luta só terminou com a morte, ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num acidente de carro na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (RJ), em circunstâncias então mal esclarecidas.
Zuzu Angel foi sepultada pela família, em 15 de abril de 1976, no Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro. Uma de suas duas filhas, a jornalista Hildegard Angel, foi a idealizadora do Instituto Zuzu Angel de Moda do Rio de Janeiro, uma entidade civil sem fins lucrativos, fundado em outubro de 1993.
O caso de Zuzu foi tratado pela Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, no processo de número 237/96, com o governo brasileiro assumindo, em 1998, a participação do Estado em sua morte.
Em homenagem à estilista, o cantor e compositor Chico Buarque compôs, sobre melodia de Miltinho (MPB4), a música Angélica.
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